quinta-feira, 17 de junho de 2010

eu odeio dormir na sua cama

É igual, é ansiosamente igual, eu te olho e te desejo morrendo por dentro querendo que deseje-me com a mesma intensidade. Mas é assim, ou não é igual. Acontece que eu deito e te vejo, os seus olhos e as suas mãos que correm pra me guiar mas me fazem perder-me em qualquer movimento seu. Aí é igual, mas com as peculiaridade de cada noite, de cada vontade e cada intensidade. E eu acordo e levantamos, aí eu não te abraço mais...
É por isso que eu odeio me deitar na sua cama, e dormir no seu colchão, porque toda manhã eu tenho que me levantar e tirar de mim os seus braços, seus abraços e minhas manias.

Deixa eu cheirar o seu cabelo e acompanhar suas curvas e linhas, me deixa acariciar a sua testa. Mas deixa só pra mim.

domingo, 13 de junho de 2010

amigo do tempo?
eu roubei esse titulo, acrescentei a interrogação, mas ainda continua quase na mesma.
a diferença é o sentido, que muda quase tudo, sendo assim...
eu já nem sei.

E de repente, pode ser que em menos de um segundo as coisas mudem para sempre, num telhado ou apenas num enroscar de algumas coisas invisíveis. Acontece assim, e não é pra acontecer, e é por isso que acontece. A vontade teimosa das coisas acontecerem. O tempo é teimoso e acontece sozinho, a gente nem vê. Para pra olhar quando a saudade esfola o coração e quando já não se tem o que fazer.
É difícil desembolar as coisas quando está tudo enroscado numa coisa só. O tempo é o dono de algumas coisas que nós não teremos, nunca. Mas desde sempre desejamos.